Placa de Petri: A história e o impacto na microbiologia
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A placa de Petri é muito utilizada na microbiologia, mas você sabe como ela surgiu?
Meios de Cultura e Bactérias
O primeiro cientista a utilizar um meio de cultura para crescer bactérias em laboratório foi Louis Pasteur, em 1860. Era um meio líquido, semelhante a uma sopa, colocado em um balão de pescoço longo. Além do balão de pescoço longo, eram utilizados também tubos de ensaio de vidro com algodão colocado na boca, para tampar. Os dois principais problemas desses métodos eram a dificuldade de manter o trabalho asséptico e a dificuldade para individualizar as culturas, ou seja, isolar os microrganismos encontrados.
Robert Koch e seus assistentes começaram a cultivar e isolar os microrganismos em batatas cozidas cortadas, esterilizadas e acondicionadas em frascos de vidro. Contudo, colônias claras não eram bem visualizadas por causa da cor da batata. Foi então que eles começaram os cultivos em gelatina e depois em ágar transparentes, colocados em lâminas ou pratos de vidro cobertos com uma redoma, também de vidro. O novo método foi conhecido por placa de Koch e deu muito certo, porém, para a visualização ao microscópio, a redoma precisava ser retirada e ocorria contaminação por bactérias do ambiente.
Criação da Placa de Petri
Richard Petri, que já havia trabalhado com Koch em anos anteriores, teve a ideia de colocar uma parede de vidro perpendicular ao prato, em toda a sua borda externa. Além disso, complementou a ideia tampando essa base com uma outra placa com o mesmo desenho, mas um pouco maior de diâmetro: assim surgiu o que conhecemos por placa de Petri. Com esse formato, o conteúdo não tinha contato com o ar atmosférico e não precisava ser aberto para visualização ao microscópio. Petri publicou sua invenção em 1887 e o sucesso foi tão grande que até hoje, 134 anos depois, ainda utilizamos vastamente a placa de Petri em Microbiologia.
Com o tempo, o vidro foi sendo substituído pelo poliestireno (PS), um plástico altamente transparente, para diminuir riscos de acidentes e contaminação por causa de esterilização ineficiente das placas de vidro. Junto com essa melhoria, outras vieram: diminuição da condensação de ar por meio de marcas de ventilação na tampa e bordinhas na parte externa para permitir empilhamento seguro e estável. Novos tamanhos de placas de Petri surgiram, sendo algumas com divisórias e, além disso, diversos meios de cultura e técnicas de semeadura foram descobertos e aprimorados.
A FirstLab é fabricante de placas de Petri descartáveis, feitas em PS cristal. Sua superfície é lisa e plana, e há marcas de ventilação em sua tampa. É resistente e empilhável, facilitando o dia-a-dia da rotina laboratorial. No portfólio há modelos 60x 15, 90×15 lisa ou com 1 divisória, e 140×15, o tamanho ideal para antibiograma.