Fibrina Rica em Plaquetas: tecnologia no rejuvenescimento facial
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Tendência cada vez mais forte, a Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) tem ganhado espaço no mercado estético. Estudos mostram benefícios no rejuvenescimento facial, mas CFBM ainda não reconhece sua eficácia terapêutica.
Nos últimos anos, a busca por procedimentos estéticos minimamente invasivos tem crescido significativamente. Entre as tendências que ganham cada vez mais espaço, a utilização da Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) vem se destacando.
Não apenas por conta dos benefícios, mas por ser obtida e aplicada de através de processos simples e seguros.
O que é Fibrina?
A Fibrina é uma proteína que tem papel fundamental na coagulação sanguínea e cicatrização de feridas. É por meio dela que o organismo consegue formar uma rede de fibras que estabiliza o coágulo.
Dessa maneira, ocorre a interrupção do sangramento, e por sua vez isso serve de estrutura para que o tecido possa se regenerar. Por conta disso ela tem sido apontada como uma excelente alternativa para tratamentos de rejuvenescimento facial.
Como é feita a separação da fibrina do sangue?
Para obter a fibrina é necessário fazer a coleta do sangue do paciente. Por sua vez, essa amostra passa por um processo de centrifugação que permite isolar os componentes sanguíneos.
Nessa etapa de separação, é formada uma matriz de fibrina contendo uma alta concentração de plaquetas e fatores de crescimento.
A partir daí, é possível fazer a coleta especificamente da Fibrina Rica em Plaquetas (PRF), que poderá ser usada em procedimentos estéticos.
Utilização da Fibrina Rica em Plaquetas em técnicas de rejuvenescimento facial
A aplicação de Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) tem se tornado uma tendência cada vez mais comum por conta de seus benefícios.
Por ser um material autólogo (extraído do próprio corpo do paciente), o risco de rejeição ou até mesmo reações alérgicas, é mínimo. Além disso, o procedimento é minimamente invasivo.
A coleta em si ocorre como qualquer outra de sangue, exigindo os mesmos cuidados. E a aplicação é feita sem a necessidade de anestesias.
Contudo, é importante ressaltar que todo o procedimento precisa seguir protocolos pré-estabelecidos de segurança. Inclusive, a própria Anvisa possui recomendações para terapias que envolva componentes como plasma, fibrina e outros.
Caso sejam adicionados aditivos que atuem como princípio alvo, como medicamentos, substâncias químicas, produtos para saúde, entre outros, esse produto deixa de ser considerado um PRP (para terapia convencional), podendo ser reclassificado como um produto de terapia avançada (PTA), produto para saúde, medicamento ou, ainda, como matéria-prima ou material de parda para a fabricação de outros produtos, conforme o caso.
Além disso, a Anvisa também orienta que é essencial que a utilização da Fibrina como PPR deve ser feita por profissionais qualificados, em locais que ofereçam serviços de saúde licenciados pela vigilância sanitária.
O uso da Fibrina Rica em Plaquetas em outras áreas da medicina
Além de ser uma tendência dentro da área estética, a Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) também vem sendo utilizada em outras áreas da saúde. Em odontologia, por exemplo, ela auxilia na cicatrização pós-cirúrgica, bem como na integração de implantes dentários.
Já na ortopedia, ela pode auxiliar na cicatrização de lesões musculares, tendinites e fraturas que não cicatrizaram adequadamente.
A Fibrina Rica em Plaquetas promete se tornar uma tendência cada vez mais forte, promovendo mais saúde e bem-estar para pacientes que buscam resultados em processos de reconstrução, rejuvenescimento e implantes.
Contudo, é importante ficar atento quando ao que os órgãos falam sobre a substância. O Conselho Federal de Biomedicina, por exemplo, ainda não reconhece a eficácia terapêutica na área de Biomedicina Estética.
Consequentemente, ainda não existem portarias, normativas e resoluções a respeito da prescrição de procedimentos que utilizem da Fibrina Rica em Plaquetas, o que exige atenção de pacientes que buscam esse tipo de abordagem.
Referências
Uso da fibrina rica em plaquetas na estética e rejuvenescimento facial: revisão integrativa.pdf
Fibrina rica em plaquetas: preparo, definição da qualidade, uso clínico
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