Tubo Seco: origem e funcionalidade
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As amostras de sangue, oriundas da coleta venosa realizada no paciente, podem originar três tipos de amostras antes de seguirem para a fase analítica: amostra de sangue total (que mantém as características do sangue logo após a coleta), amostra de plasma e amostra de soro, sendo essas duas obtidas através do processo de centrifugação do sangue total. Para cada amostra é possível utilizar um tubo de coleta específico, a fim de otimizar o fluxo de trabalho, a qualidade da amostra, bem como a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde.
Aditivos e suas diferenças
Os primeiros tubos de coleta que surgiram eram bem simples, de vidro, com tampa de encaixe e poucas variações. Contudo, a demanda pelo desenvolvimento de tubos de coleta cada vez mais específicos aumentou, e continua aumentando, a variedade de aditivos existentes no mercado. Cada tubo possui no seu interior, aditivos com funcionalidades diferentes: anticoagulantes, ativador de coágulo ou conservantes. Os anticoagulantes agem, de um modo geral, impedindo que o sangue coagule; o ativador de coágulo, de modo contrário, diminui o tempo necessário para que o sangue coagule; e os conservantes são utilizados para estabilizar o sangue até sua análise.
Para facilitar a identificação de cada tubo de coleta e evitar erros, foi instituído um código de cores nas tampas dos tubos para diferenciar os aditivos. Estas cores foram padronizadas na Norma Internacional ISO 6710.2, de forma a dificultar a coleta do sangue em tubo inadequado.
A origem do tubo seco
Os tubos sem anticoagulantes, utilizados para analisar substâncias no soro, receberam a tampa de cor vermelha. Esses tubos eram de vidro, totalmente secos, sem qualquer aditivo, sendo rotineiramente chamado de tubo seco. Após 60 minutos de descanso é possível observar a coagulação do sangue (retração do coágulo) e prosseguir com a centrifugação para separar o coágulo do soro. Com o aumento da demanda de exames, assim como a urgência para a liberação dos resultados, foi necessário desenvolver algo que conseguisse acelerar o processo de retração do coágulo. Foi assim que descobriram o ativador de coágulo, uma sílica que é capaz de diminuir pela metade esse tempo (ou seja, em 30 minutos o coágulo já está formado). Desse modo, tanto o tubo sem ativador de coágulo como o tubo com ativador possuem tampa vermelha e são para análises em soro. Apesar desse tubo conter um aditivo (ativador de coágulo) ele continuou sendo chamado de tubo seco.
Tubos Secos
Referências:
- Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML): fatores pré-analíticos e interferentes em ensaios laboratoriais. 2018
- Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial para Coleta de sangue venoso. 2010.
- The Evolution of Evacuated Blood Collection Tubes. 2009.
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