Diabetes Mellitus: Compreensão e Tratamento Adequado para uma Vida Saudável
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O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Compreender os diferentes tipos de diabetes, seus diagnósticos, tratamentos, gerenciamento e complicações é fundamental para um controle eficaz da doença. Existem quatro principais tipos de Diabetes Mellitus:
Diabetes Tipo 1
O Diabetes Tipo 1 é uma condição autoimune ou de herança genética. Nesse tipo de diabetes, o pâncreas deixa de produzir ou produz uma quantidade muito baixa de insulina, o hormônio responsável pela regulação do açúcar no sangue. É essencial para as pessoas com Diabetes Tipo 1 administrarem insulina diariamente para controlar seus níveis de glicose.
Diabetes Tipo 2
O Diabetes Tipo 2 ocorre quando o corpo não consegue utilizar ou produzir insulina de forma eficiente. Esse tipo de diabetes está frequentemente relacionada a um estilo de vida pouco saudável como maus hábitos alimentares e falta de atividade física. Estima-se que cerca de 90% dos casos de diabetes sejam do tipo 2. O tratamento do Diabetes Tipo 2 envolve mudanças no estilo de vida, incluindo alimentação saudável, atividade física regular e, em alguns casos, medicamentos orais.
Pré-Diabetes
A Pré-Diabetes é um estágio intermediário em que os níveis de açúcar no sangue estão elevados, mas ainda não atingem o limiar para o diagnóstico de diabetes. É um momento crucial para ações preventivas, como a adoção de uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, a fim de reverter o quadro e evitar o desenvolvimento da diabetes.
Diabetes Gestacional
Ocorre exclusivamente durante a gravidez e está relacionada à dificuldade do corpo em ajustar o uso ou produção de insulina devido aos hormônios placentários. O controle adequado da diabetes gestacional é fundamental para garantir a saúde da mãe e do bebê, até após o período gestacional pois há um risco da mulher desenvolver diabetes do tipo 2 futuramente.
Diagnóstico
O diagnóstico da diabetes é feito por meio de testes de glicose no sangue, como o exame de glicemia, a curva glicêmica e hemoglobina glicada. O diagnóstico é essencial para a adoção de medidas que contribuam com a saúde qualidade de vida do paciente.
Tratamento
Cada tipo de diabetes requer um plano de tratamento personalizado.
Para a diabetes tipo 1 o tratamento inclui a aplicação diária de doses de insulina via subcutânea. Para pacientes com diabetes do tipo 2, o tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável, atividade física regular e, em alguns casos, medicamentos orais ou insulina.
Medicamentos padronizados pelo SUS:
CLASSE | DROGA | VIA DE ADMINISTRAÇÃO |
Primeira escolha | ||
Biguanidas | Cloridrato de Metformina | Oral |
Cloridrato de Metformina – XR liberação prolongada | Oral | |
Indicadas com Associação | ||
Sulfonilureias | Glibenclamida | Oral |
Cliclazida de liberação prolongada | Oral | |
Inibidores SGLT2 | Dapagliflozina | Oral |
Insulinas | NPH | Subcutânea |
Regular | Subcutânea |
No caso de diabetes gestacional é priorizado o tratamento não farmacológico para o controle da glicemia, realizando o acompanhamento nutricional da gestante, e indicação de exercícios físicos de baixo impacto. Caso esta abordagem não seja efetiva, é possível a inclusão da insulinoterapia.
A pré-diabetes é um caso em que ainda não é caracterizado diabetes, sendo sempre indicado um estilo mais saudável de vida, procurando a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação mais saudável.
Gerenciamento
O gerenciamento eficaz da diabetes envolve o monitoramento regular dos níveis de glicose no sangue, o controle da alimentação, a prática de exercícios físicos e a adesão ao tratamento prescrito. O autocuidado e a educação sobre a doença são fundamentais para um gerenciamento adequado.
Complicações
A diabetes não controlada pode levar a complicações graves, como doenças cardíacas, danos nos rins, problemas de visão e neuropatia. O controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue é essencial para prevenir ou minimizar essas complicações.
A hipoglicemia (nível baixo de açúcar no sangue) é muito comum em pacientes diabéticos, e pode ser causada por diversos fatores, como ingestão de álcool, pular refeições, comer menos que o necessário, aumento de exercício físico sem ajuste da medicação.
A neuropatia diabética é caracterizada por danos a nervos periféricos devido a glicemia alta. A dificuldade de cicatrização é uma complicação comum devido à doença mal controlada. A doença arterial periférica é também causa de amputações, sendo indicado sempre a atenção quanto ao próprio corpo, principalmente aos pés.
Alguns casos de diabetes também são mais propensos ao desenvolvimento de problemas oculares, podendo levar à cegueira quando não tratado corretamente.
Pele sensível, alteração de humor, ansiedade, depressão e problemas sexuais também são complicações possíveis de quadros de diabetes.
Algumas complicações são críticas e podem levar ao óbito. Para prevenir e controlar, o recomendado é sempre manter a doença sob controle, com hábitos saudáveis, seguir corretamente o tratamento e sempre buscar o acompanhamento médico.
Referências
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Diabetes-diabetes-mellitus
https://pebmed.com.br/diabetes-mellitus-gestacional-qual-e-o-tratamento/
https://diabetes.org.br/
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