Histopatologia: Como são processadas as amostras de biópsia
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Para o diagnóstico de diversos tipos de câncer, o resultado é determinado pelo exame de histopatologia, ou seja, o estudo do tecido afetado.
Outubro Rosa é uma campanha de conscientização para alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. O câncer de mama representa um importante problema de saúde feminina, sendo o câncer que mais leva mulheres ao óbito.
Para contribuir com a conscientização, vamos entender um pouco mais sobre como é realizado o exame mais importante no diagnóstico de um câncer.
O que é histopatologia?
A palavra histopatologia tem origem grega, sendo a combinação de três palavras: histo (tecido celular) pathos (doença) e logia (estudo), e consiste no estudo de como uma doença específica afeta células e tecidos de um organismo.
Geralmente o estudo é feito em amostra de biópsia, com tecido afetado por determinada doença, ou em amostra de necrópsia, para investigação de causa de morte.
Processamento da amostra
A coleta da amostra pode ser realizada através de biópsia cirúrgica, endoscópica, por agulha, através de cirurgia ampla, ou necrópsia.
O processamento inicial das análises realizadas com pedaços de tecidos envolve colocar as amostras em pequenos containers, chamados cassetes histológicos.
Em seguida, é realizada a fixação e desidratação do material, evitando a autólise celular e impedindo a proliferação de microrganismos, preservando assim o tecido coletado. A fixação é geralmente realizada com fixadores como formol tamponado e líquido de Bouin, e a desidratação com soluções alcoólicas em diferentes concentrações, chegando até o álcool 100%.
Clarificação
Para preparar a amostra para penetração em parafina, é necessária a remoção total do álcool. Este processo é realizado utilizando o xilol, o qual penetra o tecido, substituindo o álcool, tornando o material mais claro e transparente. Por esta razão, esta etapa é denominada clarificação.
Após clarificada, a amostra está pronta para ser impregnada com a parafina, a qual fornece consistência mais rígida ao material, permitindo o corte em camadas finas. Chamada de inclusão, esta etapa é geralmente realizada com a parafina pela facilidade no uso.
Preparação para microscópio
Depois de endurecido, o bloco de parafina com a amostra pode ser cortado em camadas finas, normalmente de 5 a 15 μm (micrômetros), que permitem a visualização do material através de um microscópio. Para esses cortes precisos é utilizado um equipamento chamado micrótomo.
Durante todo o processo, até a microtomia, o material permanece no cassete histológico.
Para a visualização do material pelo microscópio, algumas etapas ainda são necessárias. Uma fina camada do material é disposta em uma lâmina de vidro, e a parafina deve ser dissolvida e removida, e em seguida os tecidos na lâmina devem ser reidratados por meio de soluções aquosas, em concentrações decrescentes.
Em seguida, os cortes podem ser corados com corantes específicos para melhor visualização de cada tipo de tecido analisado.
Após todo o processo, os tecidos são protegidos por uma lamínula e podem ser analisados em microscópio.
A maioria das doenças provoca alteração morfológica nas células e tecidos afetados, e as doenças podem ser reconhecidas na microscopia por alterações em padrão comum, sendo assim possível a identificação dos cânceres.
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