Pipeta: 10 dicas para você cuidar bem de seu equipamento
4 min de leitura
A pipeta (ou micropipeta) é um equipamento indispensável na rotina laboratorial. Por isso, incluir em seu dia a dia boas práticas de uso podem ajudar a aumentar a vida útil de sua pipeta, além de contribuir para assertividade de suas análises.
Confira este passo a passo do que fazer para cuidar bem de seu material:
1 – Limpe a pipeta diariamente
Utilize um papel toalha umedecido e álcool 70% para fazer a limpeza diária de seu equipamento. O ideal é limpá-la antes e depois de cada uso.
2 – Escolha a pipeta do tamanho ideal
Adquira uma pipeta que tenha o volume correto (volume fixo) ou uma de volume variável em que o volume máximo seja o mais próximo ao volume que você planeja aspirar e dispensar com maior frequência. Quanto mais perto do volume nominal (volume máximo), mais exata e precisa é a pipetagem, e contar com essa precisão faz toda diferença no resultado de sua análise.
3 – Ponteiras corretas fazem toda a diferença
Utilize ponteiras de boa qualidade, de preferência da mesma marca da pipeta. Marcas alternativas também são aceitáveis desde que comprovada sua compatibilidade com o modelo da pipeta. Uma má combinação de ponteira e pipeta pode gerar resultados imprecisos e inexatidão.
Além disso, existem ponteiras com diversas características: simples, com filtro, estéril, com tratamento para biologia molecular ou com baixa retenção (que são as que retém menos líquidos na sua parede). Verifique qual tipo de ponteira a técnica a ser utilizada exige.
4 – Trabalhe com produtos em temperatura ambiente
Antes de começar a rotina, verifique se os líquidos e equipamentos estão em temperatura ambiente antes de iniciar a pipetagem. O volume de líquido pipetado varia com a umidade relativa e pressão do líquido, sendo ambos termossensíveis.
Trabalhar em temperatura constante minimiza variações do volume pipetado.
5 – Umedeça a ponteira antes de aspirar
Sempre que conectar uma nova ponteira, aspire e dispense a amostra por 3 vezes antes da aspiração definitiva para condicionar a parte interna da ponteira. Essa técnica pode aumentar a precisão em 0,2%.
6 – Respeite a profundidade de imersão
Verifique se a ponteira foi imersa corretamente no líquido para que não tenha risco de aspirar ar.
Para pipetas de microvolume (até 1000µL), a imersão da ponteira deve ser entre 1 e 3mm, para pipetas de macrovolume (acima de 1000µL), de 3 a 6mm. Consulte também o manual da sua pipeta. A profundidade correta pode aumentar em 5% a precisão da rotina.
7 – Aperte o botão (da pipeta) de forma suave
Aperte e solte o botão suavemente, com força e pressão constantes para garantir que não entre líquido dentro da pipeta. Após aspirar algum volume, enquanto estiver com a ponteira acoplada não deixe a pipeta na horizontal. Além disso, mantenha sempre um ritmo consistente de pipetagem entre uma amostra e outra.
8 – Acerte o ângulo de aspiração de dispensação
Sempre aspire o líquido na vertical não desviando mais do que 20° da vertical. Um ângulo superior faz com que uma quantidade maior de líquido seja aspirado. Já para dispensar o volume, incline levemente (30 a 45°) encostando a ponteira na parede interna do reservatório. Após dispensar todo o volume, retire a pipeta do reservatório “arranhando” a ponteira na parede para reduzir ou eliminar a quantidade remanescente de amostra na ponteira. Essa técnica pode aumentar a precisão em 1%.
9 – Cuidado no manuseio da pipeta
Segure livremente a pipeta, sem fazer muita pressão em seu corpo. O calor do corpo transferido durante a pipetagem altera o equilíbrio de temperatura, que pode levar a variações de volume.
Guarde-a num suporte adequado enquanto não estiver utilizando, de modo que a pipeta não fique na horizontal.
10 – Faça uma calibração periódica
As pipetas devem ser calibradas a cada 06 ou 12 meses, dependendo da frequência de uso e dos requisitos do seu laboratório.
Verifique o guia do fabricante ou seu órgão de auditoria para elaborar um cronograma de manutenção adequado para garantir a precisão no resultado e o melhor uso de seu equipamento.
Fonte:
https://kasvi.com.br/pipetagem-6-dicas/
https://kasvi.com.br/boas-praticas-em-pipetagem/
https://lepga.paginas.ufsc.br/files/2017/02/PIPETAGEM-boas-pr%C3%A1ticas.pdf
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