Urinálise: Conheça os 10 parâmetros analisados pelas tiras
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A análise da urina, ou urinálise, foi um dos primeiros passos da medicina laboratorial. Para você ter uma ideia, referências ao estudo da urina foram encontradas em hieróglifos egípcios, em que havia um médico examinando um frasco de urina.
Naquela época, as informações diagnósticas vinham de observações básicas, como cor, turvação, odor, volume, viscosidade e até mesmo a presença de açúcar em certas amostras, por observar a aproximação de formigas e outros insetos da urina de alguns pacientes.
Muitos nomes conhecidos da medicina estão ligados ao estudo da urina, inclusive Hipócrates (460-370 a.C.) escreveu sobre uroscopia.
Com o passar do tempo, a realização do exame de urina evoluiu, tornando-se este estudo conhecido como urinálise.
Tipos de Urinálise
Existem vários processos possíveis para análise de urina, como a análise microscópica, cultura de urina e a análise por meio das tiras.
As tiras são um meio simples e de baixo custo para realizar a análise de alguns parâmetros da Urina. O exame consiste em analisar a constituição bioquímica da urina por meio da reação da amostra em contato com alguns reagentes químicos.
A leitura da tira pode ser feita por meio da análise da mudança de coloração da tira, realizada pela percepção do analista do laboratório.
Há também a possibilidade de realizar a urinálise com leitores semi-automáticos que podem aumentar ainda mais a precisão de leitura do resultado.
Por meio das tiras, é possível realizar análises bioquímicas clinicamente importantes, conheça cada uma delas.
10 parâmetros da Urina analisados por meio das tiras
1 – pH
O pH da urina, em condições normais, mostra numerações levemente ácidas que vão de 5,5 a 7,5. Se os valores estiverem abaixo de 5,5, isso pode significar doenças nos túbulos renais, em contrapartida, acima de 7,5 é possível que haja a presença de bactérias.
2 – Proteínas
Uma das funções dos rins é a conservação das proteínas plasmáticas, de maneira que não sejam excretadas quando a urina é produzida. Quando há alta concentração de proteína na urina, pode representar dano aos glomérulos ou tubos renais.
3 – Glicose
Quando alguma quantidade de glicose é identificada, isso pode significar duas situações: Glicose em excesso no sangue, podendo ser sinal de diabetes ou alterações no pâncreas; ou o rim não está conseguindo reabsorver a glicose corretamente devido a algum problema renal.
4 – Cetonas
Nem sempre a presença de cetona na urina é sinal de problema. A presença de corpos cetônicos na urina normalmente é sinal de que está havendo um aumento da degradação dos lipídios para gerar energia, uma vez que os estoques de carboidratos estão comprometidos. Isso pode acontecer nos casos de diabetes descompensada, jejum prolongado ou dieta restrita.
5 – Sangue
A presença de sangue na urina está normalmente relacionada com problemas nos rins ou no trato urinário. No entanto, também pode acontecer devido à prática excessiva de atividade física, não sendo preocupante caso dure menos de 24 horas.
6- Bilirrubina
A bilirrubina é um pigmento da bile que fica armazenada na vesícula biliar. Em condições normais, a bilirrubina não costuma estar na urina. Por isso, quando houver presença pode ser sinal de doenças no fígado, na vesícula ou distúrbios no sangue.
7 – Urobilinogênio
O urobilinogênio é um produto da degradação da bilirrubina pelas bactérias presentes no intestino, que é levado para o sangue e excretado pelo rim. O urobilinogênio pode ser encontrado naturalmente na urina, sem que tenha qualquer significado clínico. No entanto, quando presente em quantidades acima do esperado e quando há alteração de outros fatores analisados no exame de urina e de sangue pode apontar uma possível doença hepática ou alteração no sangue.
8 – Nitrito
Nitritos são evidência da presença de Enterobacteriaceae, que converte nitratos de urina a nitrito. Contudo, mais exames são necessários para complementar o diagnóstico da infecção bacteriana.
9 – Densidade
Análise da capacidade de concentração de substâncias sólidas diluídas na urina. A densidade baixa pode representar uso excessivo de líquido, diabetes ou hipertensão. Já alta densidade pode ser indicativo de desidratação ou insuficiência cardíaca.
10 – Leucócitos
A presença de leucócitos na urina costuma indicar que há alguma inflamação nas vias urinárias. Em geral, sugere infecção urinária, mas pode estar presente em várias outras situações, como traumas, uso de substâncias irritantes ou qualquer outra inflamação não causada por um agente infeccioso.
Links:
https://www.scielo.br/j/jbpml/a/kDvQgXQ3g7R99jtGyVkVGMh/?lang=pt#:~:text=INTRODU%C3%87%C3%83O%3A%20O%20exame%20de%20urina,mais%20r%C3%A1pida%2C%20simples%20e%20econ%C3%B4mica.
https://stringfixer.com/pt/Uroscopy
https://labtestsonline.org.br/conditions/proteinuria
https://www.tuasaude.com/corpos-cetonicos-na-urina/
tps://www.tuasaude.com/urina-com-sangue
https://medicoresponde.com.br/bilirrubina-na-urina-o-que-pode-ser/
https://www.tuasaude.com/urobilinogenio-na-urina/
https://pebmed.com.br/exame-de-urina-saiba-como-interpretar-os-resultados-corretamente/ https://kasvi.com.br/exame-de-urina
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